quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

E eis que Janeiro começa a tomar conta da minha alma...

Comecei o dia acreditando que a escuridão é necessária para salientar o brilho da luz. Logo a seguir soube da partida do mestre e a manhã ensombrou-se mais um pouco. Quisera que o sol tivesse cintilado, que a passarada tivesse celebrado a viagem, que a música tivesse tocado e os anjos dançado para recebê-lo. Mas foi triste este dia em que o pintor morreu.
Toda a tarde tentei em vão concentrar-me na leitura. O cansaço ganhou a batalha e entregou-me nos braços do deus do(s) son(h)o(s), que logo tratou de me levar com brusquidão por montes e vales deixando-me no corpo e na boca um sabor a ressaca quando acordei, já pela hora do jantar. Atravessada. Cabeça pesada e vaga sensação de gripe sem letra. Como entregarei o trabalho depois de amanhã não sei. Preocupa-me a falta de preocupação que sinto em relação a isto. Sem forças, é como estou.
À noitinha, oiço a história de um americano que passou 30 anos preso, dos 20 aos 50, por violação e mais não sei o quê. Exames de ADN acabam de provar a sua inocência. Fui ver. Era preto.

1 comentário:

  1. :(

    Eu fujo de ouvir noticias, terça estive a ver TV, esqueci tudo e deitei-me no sofa, vi a reportagem do wikileaks, chorei chorei e chorei a reportagem toda. Fiquei revoltada com mundo, com a guerra, com os homens. Depois sinto-me impotente e vou abaixo... Não vou voltar a ligar a TV para ver noticias.

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